Karin Sato
12/01/09 - 15h29
InfoMoney
SÃO PAULO - Com o início de um novo ano, são comuns os erros na hora de preencher a data nos cheques. Pelo menos no começo do ano, em janeiro, o consumidor tende a colocar no papel o ano anterior.
O alerta foi feito pela Fecomercio-SP (Federação do Comércio do Estado de São Paulo), que, em dezembro, publicou um artigo sobre o assunto em seu site.
A postura dos bancos
De acordo com a entidade, embora não sejam obrigados por lei, muitos bancos aceitam cheques preenchidos com a data do ano anterior, mas somente até o final de janeiro. Para que esses cheques sejam aceitos, não devem conter rasuras nem serem prescritos (180 dias a partir da data de sua emissão).
Os empresários precisam se atentar também à data de recebimento de cheques com a data do ano anterior e ao prazo para troca nos bancos, sob o risco de não receberem o dinheiro devido.
Cuidados em qualquer época do ano
Segundo a Fecomercio-SP, mesmo com o aumento da utilização dos meios eletrônicos (cartões) nos últimos anos, o cheque continua sendo bastante utilizado como forma de pagamento, sendo o segundo meio mais utilizado no Brasil - em termos absolutos, 23,5% - ficando atrás apenas dos cartões de crédito (26,9%).
Esses dados são de 2006. Para se ter uma idéia da evolução dos demais meios de pagamento em detrimento dos cheques, em 2001, o percentual de uso do cheque era de 52,1% e dos cartões de crédito de 17,1%.
Com relação à verificação de procedência:
Exija cartão do banco e identidade do portador do cheque. Empresas e entidades devem apresentar o número do CGC
Cheque a autenticidade dos documentos (CPF e RG)
Exija comprovante de endereço e renda e cheque a varacidade
Quanto às consultas:
Consulte a Serasa e entidades de serviços de proteção ao crédito. Essas entidades mantêm a disposição de quaisquer interessados um banco de dados sobre cheques roubados, extraviados, sustados ou cancelados. A consulta é fácil e pode ser feita por telefone
Verifique se o preenchimento do cheque está correto.
Quanto à gestão de crédito:
Anote dados do emissor do cheque no verso e em cadastro próprio
Mantenha um cadastro completo de todos os clientes, principalmente para as vendas com cheques
Desconfie de folhas de cheque soltas, sem o talão
Evite cheques de terceiros
Raspe com a unha a parte onde constam o nome do cliente e o número do cheque. Se a tinta sair, desconfie
Desconfie de manchas e borrões
Não aceite cheques com rasuras
Para verificar se ocorreu clonagem ou colagem do cheque, coloque-o contra a luz, dobre a folha e movimente as laterais, pois a parte colada geralmente descola. A fraude ainda pode ser percebida pela descontinuidade da linha vertical de segurança
Repare os pequenos detalhes impressos nas folhas as copiadoras dificilmente os reproduzem com total fidelidade
Verifique se os números impressos em código de barras no rodapé da folha de cheque conferem com os números impressos na parte superior do cheque
Observe se as logomarcas e desenhos com tintas especiais, quando escaneados, mudam de cor
As folhas verdadeiras apresentam diferentes linhas de segurança. Quando clonadas, todas as folhas apresentarão linhas iguais.
Preste atenção à reação do cliente, quando estiver realizando consultas ou checando documentos. Se a pessoa demonstrar inquietações, procure fazer perguntas adicionais. Boa parte dos cheques devolvidos podem ser evitados, se o profissional estiver treinado.