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Pleno emprego acirra disputa por talentos e obriga empresas a terem estratégias de contratação

De acordo com especialista, é preciso planejamento e estratégia para enfrentar desafios característicos do momento

O Brasil vive um cenário quase que inédito e impensável alguns anos e décadas atrás: a taxa de desemprego é baixa e o índice da população ocupada é alto, ambos números atingindo patamares históricos. Por um lado, essa é uma realidade boa porque demonstra que o país quase vive uma situação de pleno emprego, não fosse a inflação elevada. Por outro, é um desafio para as empresas, que passam a sentir dificuldades de contratar mão de obra qualificada, disputada num mercado de trabalho mais concorrido.

"Essa é uma situação que exige dos departamentos de recursos humanos um esforço muito grande para conseguir contratar o talento que precisa para a organização. Com menos desemprego, a mão de obra fica mais disputada e, consequentemente, mais valorizada", afirma Guilherme Silva, formado em administração e especialista em Recursos Humanos (RH), sócio fundador da Forward. De acordo com ele, é preciso planejamento e estratégia para enfrentar desafios característicos do momento.

Dados divulgados em março pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que a taxa de desemprego até fevereiro foi de 6,8%, entre os menores patamares históricos. Já a população ocupada foi de 102,7 milhões de pessoas, o que representa um nível de ocupação de 58% entre a população economicamente ativa no país. "Poderíamos dizer que estamos vivendo um período de pleno emprego, graças às taxas de desemprego, em seus níveis mais baixos historicamente. Entretanto, ainda temos uma projeção de 5,65% para inflação em 2025, acima da meta e que não condiz com a realidade de pleno emprego", diz o especialista.

Estratégias

Guilherme observa que as estratégias para que as empresas consigam reter talentos em época de pleno emprego vão além de aumentar salário. "É preciso ter planejamento, pensar em ações a longo prazo e que envolva toda a empresa para poder conseguir atrair os melhores talentos do mercado", sugere Guilherme. Além da boa remuneração, um plano de carreira é atrativo. Assim como investir na formação e preparo dos colaboradores, oferendo cursos e treinamentos. Ter uma carteira de benefícios também ajuda, desde plano de saúde até vales refeição e transporte.

Guilherme aponta ainda que algumas alternativas vão além do departamento de RH. Um exemplo é investir em uma marca forte com uma cultura que ofereça orgulho aos colaboradores, assim como manter saudável o ambiente de trabalho e o clima organizacional. "Isso tudo passa pelo marketing e por outros setores da empresa." Além disso, o especialista ressalta que é preciso investir em ações que tenham impacto social e ajudem a preservar o meio ambiente, valores inerentes à geração atual.

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