Notícias

Impostos pesam na renda de 44% dos campineiros

Nos três primeiros meses do ano, só IPTU e IPVA podem equivaler a um terço do rendimento das famílias de Campinas. Tributarista explica como se organizar para o pagamento destes tributos

Autor: Beatriz ScariotFonte: A Autora

Dois dos principais tributos cobrados no primeiro trimestre do ano, IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) e IPVA (Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores), têm peso significativo no bolso do campineiro, chegando em muitos casos a comprometer quase um terço da renda familiar. Planejar as contas é o primeiro passo para honrar os compromissos e fugir do endividamento neste período do ano em que se somam outras despesas, como a fatura do cartão de crédito e material escolar.

Em Campinas, 44% dos trabalhadores com direito ao 13º salário recebem até R$ 1.595,00, segundo dados da RAIS, do Ministério do Trabalho e Previdência, analisados pelo Observatório da PUC-Campinas. Em uma família com dois assalariados, a renda atinge R$ 3.190,00, com soma de ganhos de R$ 9.570,00 nos três primeiros meses do ano.

Para Eliane Rosandiski, economista do Observatório PUC-Campinas, a população com faixa de renda de até R$ 1.595,00 é muito significativa em Campinas e “revela uma preocupação com o poder de compra e o grau de endividamento das pessoas, justamente pelo município ser uma metrópole com custos de vida muito elevados”.

Diante destes indicativos, Nicholas Coppi, tributarista da Coppi Advogados Associados, explica qual é o impacto do pagamento de IPTU e IPVA no orçamento familiar.

Para calcular o peso dos tributos no bolso do campineiro nos primeiros meses do ano, Coppi considerou os seguintes valores: R$ 1.000,00 (IPTU), R$ 1.400,00 (IPVA de um carro popular no valor de R$ 35.000,00) e R$ 200,00 (IPVA de uma moto). “Em uma família que ganha R$ 9.570,00 no primeiro trimestre, os gastos com IPTU e IPVA atingem R$ 2.600,00”, diz.

Os pagamentos feitos apenas para estes dois impostos representam, segundo o tributarista, 27,17%. “É um peso significativo, considerando que no início do ano há outros gastos, como material escolar, por exemplo”, pondera.

Honrar os compromissos com os impostos, de acordo com o advogado, é fundamental. “A dívida aumenta muito quando o contribuinte deixa de pagá-la”, afirma. “Há casos em que o valor atinge 20% de multa, além dos juros e correção monetária.” O tributarista destaca ainda que quem paga os tributos em dia pode ter a oportunidade de aproveitar descontos e outros benefícios.

Para evitar o endividamento, o especialista recomenda que seja feito planejamento financeiro, identificando os períodos, como o primeiro trimestre do ano seguinte, em que há maior comprometimento da renda da família.

Como alternativa, Coppi sugere poupar o 13º salário para desafogar as contas. “Esta reserva permite que o contribuinte tenha fôlego para pagar as outras despesas do início do ano”, diz.

Tão importante quanto guardar o 13º para os gastos do trimestre, segundo o tributarista, é fazer, sempre que possível, uma reserva de dinheiro ao longo do ano. “Um planejamento a médio e longo prazos ajuda a família a se prevenir contra imprevistos e manter seus compromissos em dia”, conclui Nicolas Coppi.

Coppi Advogados Associados

Fundado por sócio com notória reputação na área de tributação e integrado por profissionais de sólida formação acadêmica e comprovada experiência em casos de alta complexidade, o escritório Coppi Advogados Associados é reconhecido como referência em Direito Tributário, contando também com específica atuação em Direito Empresarial. O escritório opera em todo o território nacional, por meio de parceiros regionais e de unidades próprias em Campinas (SP), São Paulo (SP) e Brasília (DF), apresentando soluções efetivas, customizadas e seguras aos seus clientes. Mais informações: www.coppilaw.com

voltar

Links Úteis

Indicadores diários

Compra Venda
Dólar Americano/Real Brasileiro 5.5098 5.511
Euro/Real Brasileiro 6.1572 6.1652
Atualizado em: 20/09/2024 17:59

Indicadores de inflação

06/2024 07/2024 08/2024
IGP-DI 0,50% 0,83% 0,12%
IGP-M 0,81% 0,61% 0,29%
INCC-DI 0,71% 0,72% 0,70%
INPC (IBGE) 0,25% 0,26% -0,14%
IPC (FIPE) 0,26% 0,06% 0,18%
IPC (FGV) 0,22% 0,54% -0,16%
IPCA (IBGE) 0,21% 0,38% -0,02%
IPCA-E (IBGE) 0,39% 0,30% 0,19%
IVAR (FGV) 0,61% -0,18% 1,93%