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Quatro dicas do que fazer com o 13º salário

Veja como decidir qual é a melhor maneira para usar o dinheiro extra.

Autor: Fernanda TeodoroFonte: A Autora

Com o prazo máximo de pagamento até o dia 20 de dezembro, o 13º salário será responsável por injetar R$ 250 bilhões na economia nacional, conforme cálculo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O valor é 7,4% superior ao estimado no ano passado, de R$ 232,6 bilhões.

O dinheiro extra representa uma série de possibilidades, que vão desde o uso imediato, para o pagamento de uma dívida ou a compra dos presentes de Natal, ou a opção de guardá-lo para realizar um projeto no futuro.

A orientação de educadores financeiros e órgãos de defesa do consumidor é conhecer a própria realidade, a fim de identificar qual é a maneira mais proveitosa para utilizar o 13º salário.

Uso imediato: evite o superendividamento

A inadimplência tem batido recordes no Brasil este ano. De janeiro a setembro, foram registradas nove altas consecutivas do número de pessoas com dívidas em atraso no país. A situação abrange 68,39 milhões de consumidores, segundo dados da Serasa Experian.

A realidade é motivo de preocupação, pois o passar do tempo significa aumento dos juros e das restrições de crédito aos endividados, o que compromete ainda mais a renda.

Quando o valor das dívidas corresponde a 30% ou mais da renda e compromete o acesso do consumidor aos direitos básicos, como moradia e alimentação, a situação é considerada de superendividamento.

Nesse caso, a orientação do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) é recorrer aos órgãos de defesa, como os Procons, para buscar a renegociação da dívida com os credores e orientações sobre educação financeira. O 13º salário pode ser utilizado para quitar dívidas e evitar o superendividamento ou ajudar quem já se encontra nessa situação a sair dela.

No longo prazo, faça o dinheiro render

O 13º salário também pode ser usado para projetos de longo prazo, como a compra de um bem ou a realização de uma viagem. Para isso, a Abefin recomenda investir o dinheiro para fazê-lo render.

Para isso, é necessário estudar sobre o universo dos investimentos e reconhecer quais produtos são mais indicados, de acordo com o seu perfil e o seu objetivo.

Os produtos de renda fixa, como o Tesouro Direto e o Certificado de Depósito Bancário (CDB), são os mais indicados para os investidores iniciantes. Para ingressar na renda variável, a Abefin afirma que os fundos de investimento imobiliário (FIIs) e os fundos de índice (ETFs) são as melhores alternativas.

Na primeira categoria estão os fundos de tijolo, que investem em empreendimentos prontos, como ABCP11, VSHO11 e VTPA11; os fundos de papel, que direcionam recursos para títulos imobiliários, como VGHF11, VTRT11 e XPCI11; e os fundos de fundos, que direcionam os recursos para outro FII, como é o caso do RVBI11, SNFF11 e TELF11. Já entre os ETFs estão o ALUG11, BOVA11 e CMDB11.

Planeje as compras de fim de ano

Quem está com as contas em dia tem maior liberdade para escolher como usar o 13º salário. As comemorações de final de ano representam mais gastos com presentes, confraternizações e viagens.

O consumidor pode usar o dinheiro com esta finalidade, mas a Abefin alerta que o ideal é realizar um planejamento prévio, para não correr o risco de desequilibrar as finanças. Pesquisar preços e aproveitar promoções são estratégias que podem fazer a diferença.

Criar uma reserva para o início do ano

Não é só no fim de ano que os gastos aumentam. Janeiro é tradicionalmente um mês mais caro para os brasileiros, por conta das cobranças do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) e do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), além das despesas extras com material escolar, matrículas e uniformes.

Uma dica da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste) é destinar o 13º salário para essas despesas e, assim, iniciar o próximo ano com maior tranquilidade.

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